A Odebrecht já atua na cidade através dos consórcios Porto Maravilha, Parque Olímpico, VLT Carioca, Supervias e nas obras dos BRTs e de despoluição das lagoas de Jacarepaguá. Sabemos qual tem sido a forma de atuação desta empresa: os serviços ficam caros e de péssima qualidade. O importante é o lucro privado.
Após o anúncio das vitórias populares, o Consórcio já está falando em transformar o terreno público onde está prevista a construção do Parque Glaziou, ao lado da Quinta da Boa Vista, em estacionamento e shopping. A brilhante solução das empresas é, para variar, socializar as perdas e privatizar os lucros.
É importante lembrar que as seguidas reformas do Maracanã custaram quase dois bilhões de reais aos cofres públicos. Como se não bastasse, o Maracanã foi vendido por migalhas (o consórcio pagaria R$ 5,5 milhões por ano ao governo para lucrar por 35 anos com o estádio). O valor pago não recupera nem 15% do que foi investido em reformas!
Por conta desses absurdos, e com a clareza de que o Maracanã é um espaço simbólico do Rio de Janeiro e do Brasil que deve se manter público e popular, nos dirigimos à Odebrecht (detentora de 90% do consórcio) e ao governo do estado com as seguintes exigências:
· ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – Exigimos a anulação imediata da privatização do Maracanã, com a pronta saída da Odebrecht e de todo o consórcio. Exigimos a devolução do Maracanã à população. Exigimos um Maracanã 100% Público.
· USO PÚBLICO – Exigimos que o Complexo do Maracanã seja entendido como um espaço fundamental da cidade, que sirva ao esporte, à cultura, ao lazer, à saúde e à educação da população, como sempre foi. Exigimos a integração do Maracanã à Quinta da Boa Vista e a instalação do Parque Glaziou. Exigimos o apoio ao esporte e a ampliação de projetos sociais no Celio de Barros, no Julio Delamare e no Maracanãzinho. Exigimos a manutenção da Aldeia Maracanã sob controle dos indígenas e a manutenção da Escola Municipal Friedenreich.
· ESTÁDIO POPULAR – Exigimos que o histórico Estádio Mario Filho possa receber novamente todo torcedor brasileiro, independente de poder aquisitivo ou classe social. Exigimos preços de ingressos acessíveis fixados de acordo com o salário mínimo nacional. Exigimos a reativação de amplos setores populares, atrás dos gols, sem cadeiras, como forma de ampliar a capacidade do estádio e permitir as manifestações festivas e as coreografias que sempre caracterizaram os jogos no Maracanã. Exigimos o respeito do direito ao trabalho de ambulantes e camelôs no entorno do Complexo em dias de eventos.
Pela anulação imediata da privatização do Maracanã!
Por um Maraca Público e Popular!
FORA ODEBRECHT! O MARACA É NOSSO!!
Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2013
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Concordo, fora odebrecht, o maraca é nosso.
http://www.itaipuacusite.com.br/2013/09/maracana-as-relacoes-privadas-que-o.html