A cada bomba lançada pela polícia, um computador a menos nas escolas públicas

Imagem: Felipe Dana/AP

Imagem: Felipe Dana/AP

Após a Polícia Militar do Rio de Janeiro lançar mais de 4 mil bombas – inclusive fora da validade – para reprimir violentamente a manifestação do dia 20/6 no Rio de Janeiro, um pedido de 2 mil bombas com dispensa de licitação foi feito à Condor S/A Indústria Química. O valor: R$ 1,6 milhão, ou seja, R$ 800 por bomba. Cada bomba equivale a um computador, que poderia equipar as escolas públicas do Estado e dar acesso aos estudantes a outro tipo de informação, que não vem da manipulada grande mídia. Quantos milhões são gastos em bombas, hora extra de policiais, e todo tipo de artefato de repressão? O que poderia ser feito com estes recursos? Melhor empregados, a repressão seria necessária? Comentários abertos.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/06/27/estoque-acaba-e-pm-compra-bombas-emergencialmente.htm

NO DOMINGO VAMOS AO MARACANÃ POR DIREITOS! 30/6 a partir das 10h

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DOMINGO EU VOU AO MARACANÃ!

Caminhada da Saens Peña até o Maracanã, com encerramento na Praça Afonso Pena
Data e hora: Domingo, 30 de junho de 2013
Horário: concentração a partir das 10h

A NOSSA PAUTA É:

– PELA IMEDIATA ANULAÇÃO DA PRIVATIZAÇÃO DO MARACANÃ!

– Com isso, a reabertura do Parque Aquático Julio Delamare, reconstrução da pista do Estádio de Atletismo Célio de Barros, manutenção da Escola Friedenreich e devolução da Aldeia Maracanã para os indígenas! Por um Maracanã público e popular!

– PELO FIM DAS REMOÇÕES E DESPEJOS DE COMUNIDADES EM NOME DA COPA E OLIMPÍADAS! URBANIZAÇÃO JÁ!

– Pela permanência e urbanização da Vila Autódromo e a regularização fundiária do Horto e de todas as comunidades do Rio de Janeiro

– Dinheiro da Copa para Saúde e Educação. Contra a privatização da Saúde e da Educação
– Gestão democrática das cidades: construção de espaços efetivos de deliberação popular
– Passe livre. Por um transporte público que garanta o direito à mobilidade na cidade
– Não à repressão policial e ao uso de armas letais e menos letais! Pela desmilitarização da polícia
– Contra a criminalização dos movimentos sociais. Anistia aos presos nos atos contra os aumentos das passagens
– Democratização dos meios de comunicação
– Pelo direito ao trabalho e contra a repressão aos camelôs
– Contra a elitização do futebol. Por setores populares no estádio
– Contra a internação compulsória da população em situação de rua

IMPORTANTE: O caráter deste ato é pacífico. Afirmamos que é dever do Governo Estadual garantir o direito constitucional de ir às ruas protestar. Defendemos o direito de manifestação de todos. Acreditamos que temos que unir bandeiras, e não rasgá-las.

O Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro reúne movimentos sociais, organizações, representantes de comunidades, pesquisadores e outras entidades e pessoas críticas à forma como estão sendo geridos os recursos e como estão sendo feitas as transformações urbanas para a Copa e as Olimpíadas na cidade. Esse ato foi construído por estas organizações e por outras entidades do Rio de Janeiro em plenárias. Respeitamos que sejam construídos outros atos em outros horários e apoiamos estas iniciativas.

COPA POPULAR CONTRA AS REMOÇÕES! Sábado, 15/6, a partir das 9h.

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No próximo sábado (15), quando terá início a Copa das Confederações no Brasil, uma outra copa estará acontecendo no Rio de Janeiro, a Copa Popular Contra as Remoções! Um campeonato que quer promover a integração das comunidades ameaçadas por esse projeto de cidade que exclui a população de baixa renda do Rio de Janeiro.

Providência, Santa Marta, Salgueiro, Indiana, Muzema, Vila Autódromo, Vila Recreio II e muitas outras comunidades estarão presentes! Os jogos começam às 9h. Chega mais!

No dia vai ser lançado o saci como Mascote Popular da Copa! O saci é copyleft, vai poder ser vendido nos mercados populares e pelos ambulantes.

A partir das 17h, haverá uma festa junina no mesmo local. Quilombo da Gamboa foi o nome escolhido pelos futuros moradores do conjunto que será construído na zona portuária, bem no centro da dita revitalização do Porto Maravilha, em frente à Cidade do Samba. Local conquistado com muita luta e mobilização e que será palco da Copa Popular!

Serviço

Quando: Sábado, dia 15/6, a partir das 9h
Local: Quilombo da Gamboa – Rua da Gamboa 345, Gamboa – Rio de Janeiro (mapa aqui: http://goo.gl/maps/WQQz8)

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/354614781332029/

A realocação dos pobres no Rio Olímpico

O mapa produzindo por Lucas Faulhaber, em seu trabalho de final de curso da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF, mostra claramente o que o Comitê Popular da Copa e Olimpíadas vem falando desde o lançamento do seu primeiro dossiê de violação de direitos humanos: o Rio de Janeiro está passando por um perverso processo de realocação dos pobres na cidade, uma tentativa de invisibilizá-los.

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A tentativa de remoção de famílias do Horto é uma questão ambiental ou de classe?

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Enquanto famílias centenárias do Horto estão preocupadas com a tentativa de remoção de suas casas, moradores do condomínio Canto e Mello têm outra preocupação: por quantos milhões vão vender suas mansões construídas na década de 90. O condomínio fica a menos de 500 metros das casas do Horto, com as chuvas de 2010 uma piscina chegou a desabar sobre uma delas, e mesmo assim as mansões foram liberadas pela justiça em 2012 e o terreno não foi incluído na nova delimitação do Jardim Botânico, anunciada pela Ministério do Meio Ambiente na semana passada. Tanto os moradores do Horto como os do Canto e Mello vivem em terreno da União, mas recebem tratamento diferenciado do judiciário e do poder público. Por quê?

Veja a descrição do imóvel à venda, que ainda coloca a possibilidade de construção de novas casas na floresta: “Terreno de 2000 m² com 2 casas rusticas de 200 m² cada no Condominio Canto e Mello conhecido pelas mansoes. Ideal para construcao de uma nova casa. Possui agua de nascente no meio da Mata Atlantica com vista praia do Leblon no Alto Gavea. Apenas 8 minutos do Shopping Leblon”. A publicação é de 11 de maio de 2013 no ZAP. Há outra mansão a venda no condomínio. Criou-se um clima na cidade hoje que se aceita remover 600 famílias como se nada estivesse acontecendo, já são mais de 30 mil pessoas em todo o Rio. É mais uma onda de remoção na história da cidade, que atinge sempre a população de baixa renda e preferencialmente a que vive perto de áreas nobres, como no caso do Horto.

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A TENTATIVA DE REMOÇÃO DE FAMÍLAS DO HORTO É UMA QUESTÃO AMBIENTAL OU DE CLASSE?